quinta-feira, 29 de julho de 2010
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Noções de competitividade (ou como aprender o que é a vida com uma criança de 4 anos)
A N. e a Tia M. são da mesma equipa. Eu sou "o adversário".
N. - Prima A., quero ganhar!
Estratégia milenar de intimidação do adversário: demonstração de uma vontade férrea e inabalável de vencer. Nota mental: uma criança de 4 anos já sabe exercer esta arte com mestria.
Tia M. - Minha querida, não podemos sempre ganhar, perder também faz parte da vida...
Terminada a afirmação, pisca-me o olho, numa expressão não verbal que entre adultos significa: ganha o jogo para lhe ensinarmos a importância de lidar com a perda. Assim fiz, obviamente de forma subtil, garantindo a vitória por uma margem de 3 golos. No final:
Tia M. - Vês minha querida, perdemos mas não faz mal. Estamos contentes na mesma, porque a prima A. ganhou, não é?
N. olha para Tia M. de lado, sobrancelha esquerda semi-erguida (confirma-se: é um talento que passa através das gerações no seio desta família), e diz-me:
- Prima A., para a próxima quero antes ser da tua equipa, está bem?
Julgavas que lhe ensinavas uma lição, Tia M.? Vê lá mas é se aprendes a competir, ou então sujeitas-te a ser a última escolha de todas as equipas...
Noções de posse (ou como aprender o que é a vida com uma criança de 2 anos)
- Prima A.
(E eis de que de repente todas as minhas questões existenciais se vêem respondidas, eis que a multiplicidade de identidades e papéis sociais que julgava desempenhar se vê resumida ao essencial: estou aqui para ser prima dela. É óbvio.)
- E tu, como é que te chamas?
- Bebé.
(Pois claro, se são os outros que nos dão existência, se eu própria estou aqui para ser prima dela, ela é aquilo que os outros lhe chamam: bebé.)
- Pois é, tu és o meu bebé.
- Não não, eu sou o meu bebé!
- Então, mas também és um bocadinho minha, não é?
- Não, eu sou só minha!
(Esta era escusada. Podia ter-me livrado de tão óbvia constatação. É claro que ela não é minha, ela é só dela. Crianças de 20, 30, 40 anos, têm ainda tanto por aprender...)
Logo se vê
domingo, 25 de julho de 2010
Perguntas que merecem resposta
sexta-feira, 23 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
O martelo boomerang
A primeira é: já morriam.
A segunda é: já morriam sozinhos, sem me levar atrás.
Como? - perguntam vocês.
Eu respondo com todo o gosto: espetando-se contra um poste, ou contra um muro, ou contra uma árvore. E não contra o meu carro. Ou atirando-se de uma ribanceira, ou de um precipício, ou do topo de uma montanha. E não de uma faixa de rodagem para outra, em direcção ao meu carro.
E agora vocês perguntam (que espertos, sempre a perguntar coisas!): mas que piada tem isso de morrer sozinho? Pois é, é como bater com um martelo na cabeça, não é? Não tem piada nenhuma. Já atirá-lo à cabeça de outra pessoa... É coisa para dar vontade de rir. Agora imaginem que o martelo se comporta como um boomerang. Vocês atiram-no à cabeça da outra pessoa, e enquanto riem à gargalhada, ele inverte o sentido e vem de encontro ao vosso crânio. E racha-o. Porque desta vez vem com mais força do que se simplesmente tivessem batido com ele na própria cabeça. Boa? Conclusão: vai doer-vos menos se morrerem sozinhos.
Para o Elísio
quarta-feira, 21 de julho de 2010
Coisas-que-não-sei-pra-que-servem
Dor de vida
Fantasias
Não me importa se não vens, eu fico à espera. Porquê? Não sei. Quem espera sempre alcança. Duvido. Mas não espero para alcançar. Então? Espero porque é assim que sou. Porque a realidade não o é. Pelo menos agora. Sem ti.
terça-feira, 20 de julho de 2010
Isto não é só atar e pôr ao fumeiro!
segunda-feira, 19 de julho de 2010
Dicas para pessoas-que-pensam-um-dia-vir-a-casar
sábado, 17 de julho de 2010
E como Filipe Gomes disse um dia (há bocadinho)
Vim às mixas
- "Pois que vieste, mas porquê?"
quarta-feira, 14 de julho de 2010
terça-feira, 13 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
quarta-feira, 7 de julho de 2010
Marina
Pêgas... Muita Atenção!
A 8 de Junho - menos de um mês após o início da comercialização deste produto nas farmácias – a Autoridade Nacional do Medicamento e Produtos de Saúde (Infarmed) emitiu uma circular, na qual esclarece que “os testes de paternidade não são considerados dispositivos médicos para diagnóstico in vitro por não se destinarem a um fim médico”. Por esta razão, deliberou o Infarmed, “as farmácias que possuam testes de paternidade em stocknão os poderão vender ou utilizar, devendo proceder à sua devolução”.
Esta decisão apanhou de surpresa o responsável da empresa que comercializa o teste, que disse agora que a mesma obrigou a uma certa ginástica logística e mudanças ao nível da distribuição. Segundo Mário Mendes, o produto vai continuar à venda, mas agora nas parafarmácias, embora só nas que “ofereçam informação e segurança”: a empresa diz fazer questão que o produto só seja vendido em estabelecimentos que disponibilizem um acompanhamento farmacêutico. Mário Mendes defendeu ainda que a decisão do Infarmed não é necessariamente “imutável”.
terça-feira, 6 de julho de 2010
Sinta-xe
Doía-lhe o estar, o ser, o existir. Doíam-lhe os verbos todos. Os verbos e os nomes e a ponta do nariz, vermelhinha do sol. Começavam já a doer-lhe também os adjectivos, até os bons, só sabia responder-lhes com reticências, reticentemente mas só com dois pontos porque tinha preguiça.. Que calor! Doíam-lhe os resumos e sumários das coisas boas. As recordações são tudo o que temos. Hoje somos o que fizemos. Amanhã seremos o que fazemos (doía-lhe o presente do indicativo). Tinha tudo o que sempre quis e nada do que realmente precisava, ponto de exclamação