sexta-feira, 31 de agosto de 2007

K linduuuuuu! :D


"Mexa-se e liberte a frescura" :D


Adoro!

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

We love you, vave ;)

Das mixas para o Drop, com amor :D


quarta-feira, 15 de agosto de 2007



Bueda boa música que cantavamos na escolinha:)

A Casa

Era uma casa
Muito engraçada
Não tinha teto
Não tinha nada
Ninguém podia
Entrar nela não
Porque na casa
Não tinha chão
Ninguém podia
Dormir na rede
Porque na casa
Não tinha parede
Ninguém podia
Fazer pipi
Porque penico
Não tinha ali
Mas era feita
Com muito esmero
Na Rua dos Bobos
Número Zero.
Vinicios de Morais

sábado, 4 de agosto de 2007

Rio


Sentei-me à beira do rio para ouvir a água a correr. Só para isso. Não me importa mais nada agora. A minha mente está vazia, tão vazia como pode estar. Ao olhar para trás penso que o poderia ter feito mais vezes, esvaziar a minha mente. Daquelas coisas estúpidas. Tantas coisas estúpidas que a habitavam, invadiam, tolhiam, manipulavam. Mas não tinha o rio por perto para ouvir a água a correr.

sexta-feira, 3 de agosto de 2007

Uff estou safa=) oleee

looool

Poema em linha recta


Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos tem sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado,
Para fora da possibilidade do soco;
Eu que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu que verifico que não tenho par nisto neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo,
Nunca teve um acto ridículo, nunca sofreu um enxovalho,
Nunca foi senão - príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana,
Quem confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Não.. são todos o Ideal, e o que eu oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Estou farto de semideuses!
Onde há gente no mundo?
Então só eu e que sou vil e me engano nesta terra?
Poderão as mulheres não os ter amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que tenho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.

Álvaro de Campos