quarta-feira, 20 de junho de 2007

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Vi-a mergulhada no poço da solidão, num deserto de mar branco, rodeada de gigantes que riem. Felizmente não dela, que aos seus olhos lhes passa transparente, talvez riam do que virá na próxima hora descarregar mais mercadoria.

Não sei, nem me interessa.

Gostei dela e tive pena! Aceitou a minha mão como uma carícia, ou mesmo que o não fosse pior que o túmulo anterior não poderia ser.

Acendi e apaguei luzes.

Não tenho no bolso a chave da entrada e saída para o mundo. Não importa. Deixo-a aberta. Rápido encontrei um lugar. É verdejante e não é do Sporting, tem pé e não anda. O que é? Imaginação.

Não me despedi dela. Terá ela pensado que a abandonei? Ou terá agradecido?

Claro que não!

Sabem mais do que aqueles que pensam que sabem. O agradecimento vem depois com a mesma serventia, porque se o não fizermos por todos não há amizade.

1 comentário:

Aiedail disse...

Bem bonito mixa...