quinta-feira, 6 de setembro de 2007

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Cruza as mãos morenas ao peito
Essas mãos calejadas e golpeadas por tudo o que fez durante os tempos que correram, tantas vezes duros, mas sempre lutando para satisfazer os queridos. Enverga uma camisola de lã velha e com "borbotos" como diz o meu irmão! =) E é tão bom o calorzinho do seu abraço. O cabelo grisalho debaixo da boina sempre companheira dá-lhe o ar respeitador. E a olhar para o horizonte, ou para as árvores a dançar lá fora, vai escondendo os olhos verdes, tão sábios e despreocupados até adormecerem. Mas sei que estão sempre alertas, pois sabe que não tarda nada estará alguém a dizer "Oh Manel já fechas-te a capoeira às pitas?"! E lá vai ele dar mais uma volta até chegar o próximo curto descanço.

Adoro-te avozinho

3 comentários:

Anónimo disse...

Que bonito... às vezes tenho a sensação que já ninguem escreve assim! Até te digo mais... acho que foi muito generoso partilhares essas emoções... Para quem está no trabalho e se prepara para um dia fechado num gabinete, cheio de planos de peças, clientes a telefonar, chefes a barafustar...
Ler o que escreveste sobre o teu avó Manel é libertador e da um sentido à estupida vida que hoje levamos.
Obrigado.

Anónimo disse...

k lindo,adorei msm.

Aiedail disse...

O meu avô é o melhor do mundo! Já decidi que se não encontrar um homem como ele n me caso!