segunda-feira, 16 de outubro de 2006

Dói...

É realmente impressionante a mania que temos de nos apegar à dor... aquela dor que de tão forte nos sufoca e nos impede até de pensar... aquela dor que é acarinhada por nós como se simbolizasse o amor e afecto perdidos! A dor que nos faz lembrar do que foi, a dor que traz saudades, que teimamos em acalentar no nosso regaço como quem não quer que algo de tão perfeito termine!
Mas já nada é perfeito como era... Algumas coisas realmente nunca mudam e a coragem de arriscar continua a não ser uma das características daquele amor passado que de alguma forma, interiormente, ainda se julga presente e quem sabe futuro!
As ilusões que criamos dentro de nós a cada dia, a cada mensagem, a cada declaração de amor que ainda se mantém são mais uma pedra de sal para deitar na ferida, que tanto amamos, que tanto teimamos em manter! Parece mais fácil do que deixá-la cicatrizar porque quando ela cicatrizar não vai haver hipótese de se abrir novamente!
Custa-me entender como é possível alguém não saber o que quer mas entendo que, sabendo o que quer, não tenha, mais uma vez, coragem de o assumir!
Tenho pena...

1 comentário:

Anónimo disse...

"A tua pequena dor, quase nem sequer te doi, é só um ligeiro ardor, que não mata mas que mói;
é uma dor pequenina, quase como se não fosse, é como uma tangerina, tem um sumo agridoce;
de onde vem essa dor? se a causa nao se vê;se não é por desamor, entao é uma dor de que?
nao exponhas essa dor, é preciosa é só tua, não me mostres tem pudor, é o lado oculto da lua;
não é vicio nem costume, deve ser inquietação, não ha nada que a arrume, dentro do teu coraçao; talvez seja a dor de ser, só a sente quem a tem, ou sera a dor de ver a dor de ir mais além;
certo é ser a dor de quem; nao se da por satisfeito, nao a mates guarda bem, guardada no fundo do peito;" Cabeças no Ar