terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Nos diários que vamos escrevendo enquanto os sentimentos nos fazem, o que as letras dizem não somos nós. Nós somos a areia que se escapa por entre os dedos que não temos. Nem dedos nem anéis nem vergonha de os não ter. Nesses diários, o que escreves e o que leio é que os raios de luz dos quais apenas o cheiro se faz sentir por entre a neblina, esperam por mim. A página seguinte escrevo-a eu com a tinta que não passa de mescla lamacenta do que temo com o que choro.

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