segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Ao sair do elevador

Há momentos em que os suspiros são saudade, tristeza ou resignação. Há momentos em que são só cansaço. Há momentos em que são ritual de preparação para algo grande, intenso, quase transcendente.
É preciso saber suspirar. É preciso conseguir pôr o ar bem cá para dentro, com o ritmo ideal, espaçado, perfeito. Encher os pulmões tão perfeitamente que se faça da elasticidade mais do que uma propriedade, quase magia. E depois expirar com tanta lentidão quanto a consciência de sabermos que aquele momento é importante consegue permitir. E depois suspirar de novo, mas só se for possível.

2 comentários:

Ilka disse...

Escreve um livro. Edição de autor, coisa pequena. Acertas sempre na mouche! Não se isso me faz gostar mais ou menos de ti oh Mixa!

Aiedail disse...

Se eu escrevesse ninguém me lia lol Tens que gostar de mim Ilka. Cada vez mais. Gostamos sempre das pessoas que nos compreendem. ;)