terça-feira, 12 de outubro de 2010

Lição/verdade-universal-que-deverá-acompanhar-nos-para-todo-o-sempre






Há (poucas) pessoas verdadeiramente sábias a habitar o planeta e, por alguma estranha razão, há uma bela proporção de seres pertencentes a esta categoria que me dão o prazer de cruzarem o meu caminho. São estas pessoas que me explicam o sentido da vida, o porquê de estarmos aqui (seja lá onde isso for), o propósito de toda uma existência e de um total e, por vezes, vil investimento feito em sermos felizes (conceito para o qual ainda não defini parâmetros e muito menos um plano de acção). No fundo somos dignos entrepreneurs (empreendedores vá) neste mercado tão constantemente em crise que é a Vida. Digna é, sem dúvida, a dedicação, a enorme coordenação de esforços e a quantidade absurda de recursos que temos que despender  diariamente na consecução de tarefas que a Vida nos impõe. Isto, claro, porque fazermos simplesmente o que nos apetece não seria de todo Vida, mas sim uma irrecuperável perda de tempo, não é?

Mas deixemo-nos de reflexões filosóficas. A lição/verdade-universal-que-deverá-acompanhar-nos-para-todo-o-sempre que tenho o prazer de partilhar convosco hoje é, e cito: "as verdadeiras relações só são estabelecidas quando ambos os intervenientes se mandam mutuamente à merda". É bonito. Mas mais do que isso, profundo e perturbador. Porquê? Porque é verdade! Pensem bem, não neguem, como eu, à partida a validade inquestionável desta ideia genial (sim, de génio!). Pensem se não será verdade que, as relações reais, verdadeiras e duradouras que têm ou já tiveram com alguém não se pautaram por uma honestidade de tal ordem que o "Vai à merda, pá!" muito longe de ser insultuoso, chegou a ser, vá, um carinho, um cafuné, um "Gosto tanto de ti e sei que gostas de mim, de tal forma que sei que te posso dizer isto tudo e vamos continuar amigos, namorados, amantes (aqui há dúvidas, pelo menos no próprio dia), sem que nada seja posto em causa". E isto aconchega a alma, faz quentinho e reconforta, quase como se fosse possível alguém gostar de nós (quase) incondicionalmente. 

Se eu tivesse sabido disto, tinha-te mandado à merda mais cedo.

3 comentários:

filipe disse...

vês? aposto que ate te sentes melhor! pelo devias, com textos destes. devias sentir te orgulhosa :P!

Aiedail disse...

lol O meu orgulho não chega para tantas demandas. Neste momento, direcciona-se completamente para o facto de ter um amigo como tu :)

niiiiice!

harness disse...

mandar à merda é péssimo, principalmente numa relação.