Há já bastante tempo que sei que o meu cérebrozito tem as suas limitações, há quase tanto tempo quanto aprendi a aceitá-las. Por isso amigos, deixo aqui algumas coisas-que-não-sei-pra-que-servem, pois algum de vós pode dar uma forcinha às minhas sinapses. É natural que este post não englobe tudo aquilo que não compreendo e que, mais tarde, me surjam mais dúvidas, tão profundas e existenciais quanto as que se seguem, porquanto não excluo à partida tornar a este assunto mais tarde. Mas não vamos apressar-nos, vivamos um dia de cada vez, sem promessas. É o carpe diem das coisas-que-não-sei-pra-que-servem.
Primeira coisa: as leggins
Gosto de usar leggins mas daí a compreender a sua verdadeira essência amigos, vai um longo caminho. A origem das leggins remonta a não sei quando, e sinceramente não me interessa, mas só consigo colocá-las no meu álbum de memórias farrapais desde há, digamos, uns 3/4 anos. No início pensei: são meias! Mas não, pois não têm pezinhos. Alguém decidiu deixar o pezinho desprotegido, ao deus dará, vulnerável à brisazita do crepúsculo. Depois pensei: serão calças? Não me parece. E pus-me a mirar. Muitas e bastantes bolinhas e estrelinhas de cuecas que se fazem notar por entre as malhas. Definitivamente não são calças, embora haja muito quem ache que sim. Ora, e chegamos a um impasse (música de suspense), se não são meias, se não são calças... Aceitam-se como aquilo que são, uma coisa estranha que estiliza as pernas e vestem-se por baixo de vestidos que tapem o rabo. Resolvido!
Segunda coisa: os mosquitos
Há bichos lindos, fofinhos, estilosos, lustrosos, catitas, e há os mosquitos. Os mosquitos são um mistério tão grande para mim como o do ovo-galinha. Os mosquitos tchupam o sangue das pessoas, o que pode servir para transmitir doenças, mas não me parece que isso seja razão para deus nosso senhor manter um bicharoco por este mundo. Ele lá há-de ter outros desígnios, para mim insondáveis. Os mosquitos causam-me um bocadinho de irritação porque gostam de me picar e quando picam faz comichão e quando faz comichão eu coço e quando eu coço faz crostinha e quando faz crostinha fico triste. Não quero crer que um bicho exista para tchupar sangue, espero que não exista para fazer borbulhas, enoja-me que exista para causar comichão às pessoas e não consigo suportar a ideia de que exista para fazer crostinhas. Por isso não sei p'ra que existem os mosquitos e conto com a vossa ajuda para desvendar este mistério. Entretanto é continuar a chacina.
Terceira coisa: a díade bibelot/napron
Esta é bem capaz de ter sido a coisa que o demónio criou para rivalizar com deus nosso senhor aquando da criação do mosquito. A questão impõe-se: p'ra quê? De todas as coisas-que-não-sei-pra-que-servem esta pode não ser a mais irritante mas é, se dúvida, a mais feia. Dentro da categoria bibelot podemos encontrar diversas relíquias, onde se enquadra por exemplo o pato/cisne com espacinho para pôr as canetas ao lado do telefone. Mas claro que o pato/cisne não pode estar em contacto directo com o móvel de mármore, porque tem frio nos pezinhos e constipa-se, daí surgir o napron. Porquê a renda? Não sei e não quero falar mais sobre isto. Causa-me um certo sofrimento.
E pronto, é isto que tenho para já. O agora é mais daqui a bocado.
5 comentários:
axónios aguardam massagenzita
em relação a isto, eu hoje, tive uma idea que faz todo o sentido e que está completamente relaccionada.
Eu, a subir para o tejadilho de um autocarro dos SMTUC, onde estariam umas estátuas em forma de cavalo, sensíveis ao toque, ligadas ao banco do condutor. uma vez que me sinto um autentico cowboy, cada vez que as chicoteasse, uma corrente eléctrica passaria para a perna direita do conductor obrigando-o a acelerar cada vez mais.
não sei se me expliquei bem, mas de qualquer forma era assim que eu resolvia os engarrafamentos nas cidades.
Só se quando lhes acertasses com as esporas nas costelas eles ganhassem asas e fizessem os autocarros voar por cima dos outros carros! :p
Azurée, ganhar asas?!?! onde é que já se viu. acho que andas a ver demasiados filmes. como é obvio resolviam os engarrafamentos porque levavam tudo a frente.
lol ganhar asas.. lol que imaginação fertil. :P
e pronto, eis que o confronto entre a visão mecânica e a visão psicológica face à potencial resolução de engarrafamentos citadinos termina em colisão frontal! ;)
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