A acção decorre durante um jogo de matraquilhos. Os intervenientes são a própria criança de 4 anos (N.), eu (Prima A.) e a Tia M.
A N. e a Tia M. são da mesma equipa. Eu sou "o adversário".
N. - Prima A., quero ganhar!
Estratégia milenar de intimidação do adversário: demonstração de uma vontade férrea e inabalável de vencer. Nota mental: uma criança de 4 anos já sabe exercer esta arte com mestria.
Tia M. - Minha querida, não podemos sempre ganhar, perder também faz parte da vida...
Terminada a afirmação, pisca-me o olho, numa expressão não verbal que entre adultos significa: ganha o jogo para lhe ensinarmos a importância de lidar com a perda. Assim fiz, obviamente de forma subtil, garantindo a vitória por uma margem de 3 golos. No final:
Tia M. - Vês minha querida, perdemos mas não faz mal. Estamos contentes na mesma, porque a prima A. ganhou, não é?
N. olha para Tia M. de lado, sobrancelha esquerda semi-erguida (confirma-se: é um talento que passa através das gerações no seio desta família), e diz-me:
- Prima A., para a próxima quero antes ser da tua equipa, está bem?
Julgavas que lhe ensinavas uma lição, Tia M.? Vê lá mas é se aprendes a competir, ou então sujeitas-te a ser a última escolha de todas as equipas...
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1 comentário:
lol pois pois, a minha questão é mesmo essa, queria ser escolhida pra equipa de jogo de matraquilhos!
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